“Se lançarmos os olhos sobre os animais e sobre a terra bruta que pisam, sobre as moléculas orgânicas e sobre o fluido no qual se movem, sobre os insetos microscópicos e sobre a matéria que os produz e que os envolve, é evidente que a matéria em geral se divide entre matéria viva e matéria morta.
Mas como é que a matéria não é ou toda viva ou toda morta?
A matéria viva é sempre viva?
E a matéria morta está sempre morta?
A matéria viva não morre?
A matéria morta não começa nunca a viver?
As moléculas vivas não poderiam retomar a vida depois de a ter perdido, para a voltar a perder de novo e assim sucessivamente, até ao infinito?”
Denis Diderot