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Salmão Fingido
Manuel Tainha
[10/01/20 - 01/02/20]

Foco Galeria Salmão Fingido

Vista da Exposição

Foco Galeria Salmão Fingido

Sem Título, 2019

Lixívia s/algodão

180×140 cm

Foco Galeria Salmão Fingido

Detalhe de Sem Título, 2019

Lixívia s/algodão

180×140 cm

Foco Galeria Salmão Fingido

Vista da Exposição

Foco Galeria Salmão Fingido

Sem Título, 2020

Costura e lixívia s/algodão, madeira e pregos

60×50 cm

Foco Galeria Salmão Fingido

CORRENTEZA, 2019

Costura e lixívia s/algodão

200×140 cm

Foco Galeria Salmão Fingido

Detalhe de CORRENTEZA, 2019

Costura e lixívia s/algodão

200×140 cm

Foco Galeria Salmão Fingido

Vista da Exposição

Foco Galeria Salmão Fingido

Vista da Exposição

Foco Galeria Salmão Fingido

POSTA E MEIA, 2020

Costura e lixívia s/algodão, madeira e pregos

60×50 cm

Foco Galeria Salmão Fingido

TRANCHE, 2020

Costura e lixívia s/algodão, madeira e pregos

60×50 cm

Foco Galeria Salmão Fingido

Vista da Exposição

Foco Galeria Salmão Fingido

MEDALHÂO, 2020

Costura e lixívia s/algodão

140×180 cm

Foco Galeria Salmão Fingido

Sem Título, 2020

Costura e lixívia s/algodão, madeira e pregos

60×50 cm

Foco Galeria Salmão Fingido

Vista da Exposição

Foco Galeria Salmão Fingido

Vista da Exposição

Foco Galeria Salmão Fingido

Vista da Exposição

Foco Galeria Salmão Fingido

Vista da Exposição

Foco Galeria Salmão Fingido

GOUJON, 2020

Costura e lixívia s/algodão

180×140 cm

Foco Galeria Salmão Fingido

Detalhe de GOUJON, 2020

Costura e lixívia s/algodão

180×140 cm

Foco Galeria Salmão Fingido

FLT , 2019

Costura e lixívia s/algodão, madeira e pregos

30x10x05 cm

Foco Galeria Salmão Fingido

FLT, 2019

Costura e lixívia s/algodão, madeira e pregos

30x10x05 cm

Entre no espaço da galeria. Ao atravessar a metade do caminho, passa do olhar para as pinturas para o estar dentro de uma pintura. Preste atenção às texturas, cores e camadas que o rodeiam. Qual é a sensação? O espaço da galeria foi transformado numa instalação espacial imersiva composta por telas, pinturas e fragmentos de linhas, colocando o espectador num devaneio flutuante. Aqui as referências visuais de Manuel Tainha chegam aos desenhos de Hans e Sophie Arp e imagens de peixe cru fatiado. A experiência da sua obra ultrapassa os limites da pintura, criando uma sensação crua de fusão de camadas de materiais e imagens.

O processo criativo de Tainha é bastante bruto. Ao mergulhar vários materiais em lixívia e expô-los ao seu ambiente circundante, como a exposição à luz solar ou a garrafas de cerveja, as suas obras ganham composições peculiares. Os têxteis comuns tornam-se uma obra de arte, dando-lhes um novo sentido, e iniciam um diálogo sobre a mudança de significado dos objectos de arte com as mudanças forjadas pelo tempo e pelo valor de mercado. Vivendo na atmosfera actual que obriga a uma corrida constante pela inovação e superprodução em prol de ganhos económicos, a produção artística de Tainha posiciona-se como uma curiosa representação do lavor.

Salmão Fingido reflecte sobre o papel significativo do espaço da galeria, o trabalho do processo criativo, o valor dos objectos. Em sentido lato, estes são os elementos que constituem a obra de Tainha. O Salmão Fingido – prato popular da classe média portuguesa – é usado como metáfora das expectativas aspiracionais versus realidades materiais. Tainha utiliza estes objectos culturais para provocar questões sobre falsidade, ingenuidade e acesso a matérias-primas no mundo de hoje.

O Salmão Fingido é feito com restos de peixe branco cozido, molho de tomate, ovos e natas com maionese, rabanete e alface, adicionados como guarnições.

Curadoria de Kasia Sobczak

©Photodocumenta