O Bartolomeu Santos utiliza uma vasta gama de meios onde objectos e sentidos se fundem para criar uma linguagem visual pessoal e simbólica. O trabalho está relacionado com o passado, mas não um passado exclusivamente seu, mas um passado comum; quer seja numa perspectiva familiar, geracional ou mundial. Os grupos são extensos. São as associações de ideias que formam grupos invisíveis.
Nesta exposição o Bartolomeu usa estas associações de ideias do passado numa trajectória pessoal.
« É difícil escrever assim, quase em retrospectiva do que ainda não aconteceu; mas de certa forma
é assim que vejo o meu trabalho: materializar com passado, desmaterializando-o. Confirmando o presente; esse tempo sem limites. »
Há um resgate que tenta ter no seu trabalho. A troca e a inversão são ferramentas que o artista usa para combater as suas necessidades insatisfeitas de criar.
Os materiais desta exposição servem o artista também como ferramentas para chegar ao próximo refúgio de presente, onde aceita ficar por algum tempo.
« Reforçando o que já disse, é preciso relembrar, de um modo constante, que estes grupos formadores de memórias são essenciais. »
Curadoria de Hugo Cantegrel