Para a nossa quarta participação na Arco Madrid, temos o prazer de apresentar uma exposição individual de Francisco Trêpa, adaptada da sua recente mostra na Galeria Foco, Flor-Cadáver. Esta exposição destaca o fascinante trabalho de Trêpa, reinterpretado à escala do stand da feira.
A arte de Francisco Trêpa evoca imediatamente uma sensação de outro mundo; as suas obras parecem pertencer a um universo distinto, cativando o espectador com o seu campo magnético singular. Flor-Cadáver convida a uma exploração profunda das emoções, das questões e das autoficções através do prisma da Rafflesia, uma planta parasita conhecida por produzir a maior flor do mundo, que emite um odor de decomposição para atrair polinizadores.
Nesta exposição, Trêpa examina o papel crucial dos polinizadores na sobrevivência do nosso planeta. A Rafflesia, com a sua aparência enganadora de morte, é o ponto focal, rodeada por uma variedade de polinizadores reais e imaginados, dispostos em diversos cenários narrativos. Estes elementos refletem a ambiguidade humana, simultaneamente protetora e destruidora destas criaturas vitais. As ameaças aos polinizadores, como a perda de habitat, os pesticidas e as alterações climáticas, são abordadas através da integração de drones polinizadores na exposição. Representados subtilmente através de objetos mínimos e inscrições, estes drones enfatizam a fusão entre o orgânico e o tecnológico.
O trabalho de Trêpa caracteriza-se por uma relação dinâmica com a matéria, onde elementos plásticos e imaginativos criam novos universos. As suas obras, em perpétua metamorfose, oferecem uma reflexão sobre a natureza, as paisagens, os sonhos e a imprevisibilidade da matéria. A sua abordagem barroca e de ficção científica, que combina uma estética ornamentada com conceitos futuristas, explora a complexidade do real e o colapso das binaridades tradicionais