Sebastião Castelo Lopes

Sebastião Castelo Lopes (b.1994, Portugal), vive e trabalha em Lisboa. Licenciou-se na Universidade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, em Desenho, em 2016 e fez o mestrado em Wimbledon College of Arts da University of Arts London, também em Desenho, em 2017.
Participou numa série de exposições no ano passado (2016), individuais e colectivas no Reino Unido e, este ano, foi seleccionado para participar na Residencia artística Lisboa Budapeste da Câmara Municipal de Lisboa.

Estes objectos são constituídos por pedaços de madeira agregados com parafusos e posteriormente cobertos com tinta de parede de óleo ou acrílica.
O título de cada uma das peças alude para as qualidades matéricas do objeto, pretendendo questionar a identidade dos participantes na relação ‘Obra de arte’ – Observador.
Isto é, até que ponto o objecto é obra e se será a qualidade do material e da técnica, aplicada na construção do objecto, proporcional à qualidade da obra.
A grande maioria dos materiais utilizados na construção das peças são considerados de baixa qualidade,(tintas de bricolage e madeira encontrada nas ruas) deste modo, as questões relacionadas com a ‘dificuldade da técnica utilizada’ e a ‘qualidade e custo dos materiais’ ganham destaque.
Assim sendo, por vezes, a discussão da relevância do objecto é superior aquela que diz respeito às suas qualidades estéticas.
Importa repetir a ideia de que as peças são, na sua maioria, elaboradas com madeira de rua e, depois de serem expostas em galeria, costumam ser expostas na rua por um tempo determinado. É assim criado um ciclo: da rua para o estúdio, para a galeria, para a rua. Esta ideia de ciclo acaba por questionar também a relevância do espaço onde os objectos são exibidos.