O visitante
Entrou no velho teatro ao anoitecer
Tu sabes aquele, com os seus restos de pedra
Projectando as sombras da colina mais alta da cidade
Os seus passos desencadearam uma andorinha. Escarpa
No horizonte ele viu a Vela
Já la estiveste, aquele de frente para o oceano
Saudado as glórias conquistadas dos seus antepassados
A bater ao vento, Fortes, mas frágeis
Da entrada dos artistas, ele fez
O seu caminho para atrás do palco, correndo lentamente
As pontas dos seus dedos nas paredes fuliginosas
Os seus antepassados tinham sido construtores. Ele desviou-se
Sentiu um cheiro a cloro, ou era uma memória,
Tu sabes, do tipo que te faz sossegar a vela
No chão de madeira e roçar as palmas das mãos sobre a chama
Um toque suave tornou-se um golpe abrasivo. Esmeril
Alcançando as cortinas de veludos com as mãos
Pressionou suavemente onde o tecido era grosso e de pelúcia
E duro onde o panne foi usado e fino
Todos deixaram uma impressão sobre ele
A chama cintilou, mas não se apagou
Ele esculpiu as suas esculturas em meia-luz, acariciou a sua superfície,
Os desenhos apareceram, mudando de forma numa dança.
Como as florestas precisam de fogo, para que as sementes possam brotar.
Ali, caminhando através dos escombros do passado.
Levantando partículas ardentes de luz e poeira. Ele sabia.
Que enquanto subsistirem quaisquer vestígios do seu legado,
As quedas surgiram antes das descobertas
As estrelas implodem antes de ser supernovas. Ocas
No exterior, a lona está a bater mais depressa.
Imagens presentes e passadas serradas no nevoeiro.
Soltar o terreno e começar de novo. A andorinha
Voou em direção a Vela e tornou-se numa só. Longe
Tu conheces o sentimento, levantamento confuso, leve como o amor.
Como não há transformação sem reparar as cicatrizes
Em cima das ruínas, viu-as as a derreter com as estrelas.
-Cristina Sanchez-Kozyreva