Rudolfo Quintas (Porto, 1980) é um artista porrtuguês que trabalha com media art. Cria instalações de mapeamento de dados, esculturas e performances utilizando técnicas interactivas, generativas e inteligência artificia.
Num diálogo contínuo entre filosofia, ciência e tecnologia, o trabalho de Quintas traz frequentemente o invisível a novas formas de percepção através de elementos simples como ar, fogo, movimento corporal ou biologia celular para discutir sistemas invisíveis de poder e controlo nos domínios social, político e psicológico.
Quintas tem um profundo interesse na descolonização da linguagem corporal e do comportamento corporal, concebendo frequentemente instalações algorítmicas e informáticas que envolvem processos de feedback cognitivo para a auto-exploração do público.
Esta investigação é apresentada em obras de arte como Displacement (2004), Absorption (2014), Black Hole (2018), entre outras obras performativas como Swap (2005), Burning the Sound (2007) ou Darkless (2016). Descrito pela curadora Verónica Metello como ‘Sensitive-Contexts’. Nos últimos anos, Quintas levou estes processos de feedback a uma maior escala, retratando a sociedade em data painting e instalações que especulam a relação entre infodemia e saúde mental com News Feed (2019), KEYSTONE-I-II-III-IV (2019), Portugal Nas Nuvens (2021).
Este conjunto de trabalhos recebeu distinções nacionais e internacionais através de bolsas, residências artísticas, bolsas de estudo e prémios de arte como a DGartes/Ministério da Cultura português e o Prémio Distinção Transmediale no festival Transmediale em Berlim. O trabalho é publicado em Performance Research (Routledge), trabalhos de investigação como NIME – New Interfaces for Musical Expression, e edições de arte como a “Younger Than Jesus”: Artist Directory” co-editado por New Museum New York e Phaidon Press, entre outros.
O trabalho das Quintas foi exibido em galerias, locais culturais e festivais de arte, tais como o festival Transmediale/CTM (Berlim), Festival de Arte de Hoje (Haia), Galeria Dox e o festival ENTER (Praga), Fundació “La Caixa” (Barcelona), La Casa Encendida (Madrid), STEIM (Amesterdão), a exposição “Uncharted” em Santralistanbul (Istambul), o festival Pixelache no museu Kiasma (Helsínquia), NIME (Sydney) ou o Royal College of Art em Londres. Em Portugal, Quintas apresentou recentemente o seu trabalho no Festival Sónar, o festival Index of Art and Technology em Braga, a galeria FOCO em Lisboa, o centro cultural Convento de São Francisco em Coimbra, o festival Criatek em Aveiro e o MNAC – Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado. Quintas vive e trabalha em Lisboa.